domingo, 17 de fevereiro de 2008

MEDO E HONRA - Final


o resgate consegui chegar à tempo de me salvar. Mas os ferimentos ainda doem.

SEGUNDO MARCO DIA 02

Eu tentava de todas as formas segurar o fuzil, mas o sangue escorrendo já me fazia muito fraco. Tentava de todas as formas obter forças, mas a dor era intensa, não sabia até onde poderia suportar mais aquilo...

Os tiros começaram a ficar com frequência maior e não iria demorar muito até que eles perfurassem aquela murada, que já não era muito confiável. Levantei o fuzil, tentei atirar mas um tiro zunil forte e tive que me abaixar novamente. Não tinha muito jeito, as coisas estavam muito difíceis.

SEGUNDO MARCO DIA 05

Fui resgatado. O Soldado Haro conseguiu aniquilar o maldito atirador de elite, sem que ele nem percebesse que estava lá. Aliás, isso é mesmo o trabalho dele, que raios de atirador de elite ele seria se todos se dessem conta de que está lá? Ele me levou para o Segundo Marco e fui tratado. Eles consegueram tomar o posto, o segundo Marco era nosso, mas eu estava muito abatido mas agora esperávamos reforços.

SEGUNDO MARCO DIA 22

A Cavalaria havia chegado. Tivemos informações que a Guerra estava se intensificando em outros pontos do continente e saindo do controle. Os exércitos inimigos avançavam com vigor e o governo aliado precisava de uma rápida tática ou tudo estaria acabado em poucas semanas.

Mais uma vez, noss pelotão de infantaria foi escolhida para uma missão de alto risco. Eu era o único que estava mais abatido, mas os poucos dias de repouso foram suficiente, eu já podia empunhar meu fuzil novamente e pra mim era o que bastava.

O Capitão Maia entrou no alojamento improvisado e falou com todos nós e sobre nossa missão: Infiltrar e destruir o ponto chamado Etinger, antigo palácio da união inimiga e que atualmente estava fortemente armado e protegido. Lá encontraríamos informações vitais para o rumo desta guerra. Provavelmente nossa missão mais difícil, principalmente para mim, mas como dizem no exército: Missão dada é missão cumprida.

Este é o ponto até onde minhas memórias alcançaram, desde que tudo isso começou. Não sei o que me aguarda daqui em diante ou como irei enfrentar tudo isso, mas pretendo relatar a todos para que futuramente, possam estar conscientes de todo este inferno o qual estou vivendo e que tudo isto poderia estar sendo evitado. Escrevo essas linhas para futuras gerações, para que elas possam crescer sem pôr os olhos em coisas que contra minha vontade, sou obrigado a ver todos os dias. Para que possam crescer com o coração leve e sem maldições sobre suas costas.

Aqui escreveu o Soldado Soares